A partir de 2022, a Síndrome Burnout será considerada doença do trabalho
17/01/2022Segundo estimativa da International Stress Management Associations no Brasil (ISMA-BR), a Síndrome de Burnout atinge cerca de 32% dos trabalhadores brasileiros e, a partir de 1° de janeiro de 2022, passará a ser considerada uma doença do trabalho.
Para entendermos melhor sobre essa mudança, precisamos compreender melhor o que é a Síndrome de Burnout. Trata-se de um desgaste que prejudica os aspectos físicos e emocionais da pessoa, levando a um esgotamento profissional e, com isso, uma baixa no rendimento do seu trabalho. Ela atinge, principalmente, pessoas cuja vida é muito atribulada e/ou levam uma jornada dupla.
Principais sintomas da Síndrome de Burnout
▶ Sensação de esgotamento;
▶ Cinismo ou sentimentos negativos relacionados a seu trabalho;
▶ Eficácia profissional reduzida.
As pessoas com esta Síndrome também podem apresentar problemas físicos ou psicológicos, o que pode causar insônia, dificuldade de concentração, perda de apetite, irritabilidade e agressividade, lapsos de memória, baixa autoestima, desânimo e apatia, isolamento social, dores de cabeça e no corpo.
Como é feito o tratamento da doença?
O tratamento deve ser orientado por um psicólogo ou psiquiatra e, normalmente, é feito através da combinação de medicamentos e terapias. É importante que quando o indivíduo perceba algum desses sintomas citados acima, procure ajuda médica logo no início.
Com a nova classificação determinada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a Burnout passa a ser reconhecida como uma doença do trabalho e terá impacto nos processos trabalhistas que estão relacionados ao esgotamento profissional. A partir de 1° de janeiro de 2022, se um funcionário processar a empresa por conta dos sintomas da Síndrome, a empresa poderá ser penalizada.
Para realizar a comprovação que o empregado está com a doença, a justiça utilizará um laudo médico comprovando a doença e o histórico profissional, além disso, irá realizar uma avaliação do local de trabalho e recolher outros depoimentos.
Mas, afinal, o que as empresas deverão fazer?
As empresas devem sempre investir em cuidados com a saúde mental e o bem-estar de seus colaboradores para evitar o esgotamento e exaustão deles. Além de se preocuparem com a comunicação e a conscientização sobre o assunto e maneiras de evitar esta e outras síndromes ligadas ao trabalho.