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Muitos não sabem, mas existe a campanha Abril Azul, instituída pela Organização Mundial da Saúde, que promove conscientização, debate e informativos sobre o autismo. Este mês foi o escolhido para a campanha, pois em 02 de abril de 2008, a Organização das Nações Unidas (ONU) determinou que essa seria a data para celebrar o Dia Mundial de Conscientização do Autismo.

Mas, o que é o autismo?

O Transtorno do Espectro Autismo (TEA), mais conhecido como autismo, é um distúrbio do neurodesenvolvimento, uma condição de saúde que apresenta déficits no desenvolvimento social e comportamental de seu portador. Há pouco mais de 10 anos, ainda era um distúrbio pouco falado, mas desde 1993 o autismo existe na Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial de Saúde (CID-OMS). No Brasil, o tema ganhou força através da influência do apresentador Marcos Mion, que tem um filho autista e participa ativamente da causa de conscientização.

É usado o termo “espectro”, pois é uma condição com vários tipos, abrangendo características únicas em cada pessoa autista. Há diagnósticos dos mais severos aos mais suaves, como há, também, casos em que não há diagnóstico, pois a pessoa convive com o autismo sem nem saber que tem.

Semana Municipal de Conscientização do Autismo

Em muitos locais do país e do mundo, existe a Semana Municipal de Conscientização do Autismo, que é celebrada anualmente na primeira semana de abril. Essa celebração foi proposta através do Projeto de Lei 512/2011, de autoria do vereador Paulo Frange (PTB), na cidade de São Paulo.

O que causa o autismo e quais são os sinais?

Não há um causador determinante para que se nasça com essa condição, mas existem hábitos, durante a gravidez, que contribuem para o bebê nascer autista, tais como estresse, exposição a substâncias tóxicas, desequilíbrio metabólico, infecções e complicações durante o período de gravidez. Abaixo, veja os 5 sinais mais comuns do autismo:

🔹 Não manter contato visual por mais de 2 segundos;

🔹 Não atender quando chamado pelo nome;

🔹 Isolar-se ou não se interessar por outras crianças;

🔹 Alinhar objetos;

🔹 Ser muito preso a rotinas a ponto de entrar em crise.

Como entender melhor o autismo?

É preciso muito estudo e conhecimento para acreditar em mitos que surgem sobre o transtorno. O preconceito com autistas ainda é muito recorrente, e o objetivo do Abril Azul é justamente criar conexões entre as pessoas para promover cada vez mais a conversa sobre o assunto. Uma forma prazerosa de se conscientizar sobre o TEA é assistir filmes e séries que abordam o assunto. Veja abaixo uma lista com 10 indicações:

🔸 Gilbert Grape – Aprendiz de Sonhador;

🔸 Forrest Gump;

🔸 Em um Mundo Interior;

🔸 The Good Doctor;

🔸 Vida Animada;

🔸 Tudo que Quero;

🔸 Atypical;

🔸 Farol das Orcas;

🔸 Touch;

🔸 Rain Man.

Como funciona o tratamento?

Após o diagnóstico, feito pelo neurologista, que, normalmente, surge por volta dos 2 anos de idade, inicia-se o tratamento indicado pelo médico. O tratamento é sempre feito pelo psicólogo, mas, por ser personalizado, pode ser que envolva fisioterapeuta, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, entre outros profissionais da área da saúde. Varia de acordo com o grau da condição.

E como falar sobre autismo dentro do ambiente corporativo?

Como mencionado neste artigo, há muitas pessoas que não recebem o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autismo (TEA), pois tem o grau leve do distúrbio. Por isso, além da inclusão profissional, levar o tema para dentro dos ambientes de trabalho é muito importante para que cada vez mais seja notório a condição e que as pessoas saibam melhor como lidar com cada tipo.

É necessário que empresas façam palestras, seminários, bate-papos, entre outras dinâmicas que insiram o assunto no dia a dia dos colaboradores. Só a informação e a conscientização são capazes de combater a ignorância e o preconceito.